Depois de ‘Guilt’ de The following, consigo ter ainda mais
certeza de que essa é uma série de muito bom gosto. São minutos bem gastos. O
episódio teve um desenrolar interessante. Vemos nosso psicopata Joe Carroll
encarregando Roderick e mais dois capangas para acharem Claire que estava
escondida pela polícia. Roderick não poderia cometer mais uma falha, ou o seu
relacionamento com Joe estaria em grande conflito.
Vemos Jacob chegando à mansão do clube dos psicopatas. Achei
uma jogada estratégica continuar fazendo deste um personagem de destaque,
apesar de parecer ser um figurante. Não o considero avulso. Na verdade, pudemos
perceber que é agora que sua história está começando. “Finalmente” ele ativou o
seu lado assassino. Via nele um personagem um pouco bobinho e fraco. Simplesmente
não conseguia colocar fé de que ele mataria alguém e nem do porque ele estava
envolvido com toda a gangue. Mas Jacob faz parte disso. Só precisou assassinar
alguém para que isso aflorasse.
Como se não bastasse, ele começa a ter visões
com o namorado-amigo-assassinado. Sua doença mental leva destaque. A cena em
que ele estava no banheiro e ‘esfaqueando’ o Paul me fez perceber o quanto o
personagem tem, sim, seu lado ruim e podre. Demonstrou o quanto ele gostou de
cometer o assassinato e ele ter admitido isto para Emma, poucos segundos depois,
foi o ápice de seus momentos.
Ver todo aquele corre-corre de Ryan para salvar Claire não
me deixou assim tão animada. Não vi inteligência da parte de nossos policiais
(nunca vejo).
[PS: Que atitude foi aquela daquele
policial avulso que deixou Ryan e Claire escaparem e ficou para trás? Óbvio que
os capangas do rei Carroll iriam entrar naquele quarto de qualquer forma. E a
mais simples seria atirando.]
Achei legal a entrada do melhor amigo do Ryan. São boas as
sacadas que ele dá! Acredito que este é um personagem que deveria continuar na
história. Sou totalmente à favor de sua permanência. #TeamTyson.
Vemos Claire querendo colocar as cartas na mesa com Ryan. Foi
uma cena bonitinha. Um aplauso para ela.
[PS1: O que foi aquela declaração de amor
do Hardy? GAMEI!]
As cenas em diante, a não ser por ver Tyson baleado, não me
foi das mais inteligentes.
Primeiro de tudo: Por que eles continuaram naquela casa se
sabiam que os capangas do rei estavam vindo?
Segundo: temos apenas Tyson e Ryan, porque Claire é a
indefesa da coisa toda. Como dois homens iriam conseguir a façanha de se livrar
de Roderick e os dois avulsos? Estranho, hein? Toda aquela proteção para Claire
antes e todos aqueles homens mortos. Pra que arriscar? Ainda mais se tratando
da mulher que ele ama e do melhor amigo, que é quase uma esposa também?! Sei
lá, eles podiam fugir os três juntos pro Havaí (pra Nárnia ou pra Madagascar)
que tinha muito mais futuro do que permanecer ali.
Terceiro: não tem sentido!
Claire, vendo tudo aquilo resolve se entregar para ver seu
filho. Não lhe há realmente garantias de que o verá, mas como sempre, ela
prefere arriscar. Não consigo processar e entender muito bem esta sua atitude.
Talvez eu não consiga justamente por ainda não ter filhos e não estar numa
situação conflitante dessas. Mas essa parece uma atitude bem estúpida.
Os telefonemas de Joe para Ryan são sempre cenas fortes,
debochadas, cheias de mistério. Gosto disso. James Purefoy consegue realmente entrar no
papel de um psicopata e assassino. Consegue viver o personagem. Não é apenas um
maluco comum, sem graça. Ele faz da vida de Ryan e do resto, um jogo. Jogo este
que instiga qualquer um. Há um certo cinismo no personagem que confesso que
gosto. Toda a produção consegue fazer um tipo de psicopata que você simpatiza.
Ele é aquele tipo que em determinados momentos me faz até torcer à seu favor. É
aquele que quando consegue algo, me faz vibrar. Mas ao mesmo tempo me dá medo.
Este é um verdadeiro vilão.
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