É hora

É hora de morrer para algumas coisas. Morrer para renascer de novas formas, de maneiras melhores. É hora de encontrar novos sentidos. Como diz Mário Quintana: "Tão bom morrer de amor e continuar vivendo". É tão boa essa oportunidade de poder deixar certas coisas para trás, morrer para o que é ruim. 

Temos sempre essa capacidade de escolher. Em qualquer situação. Não acredito quando as pessoas dizem que não tiveram escolha. Sempre têm. Você possui a escolha de obedecer ou não, fazer ou não, ter ou não. Só uma coisa é certa: as consequências. É bom deixar partes minhas no passado. Aquelas partes que já não me servem de nada. 

Não gosto muito de rotinas. Talvez seja por isso que escolhi jornalismo como profissão. O jornalismo não me deixa cair na chatisse do dia-a-dia. Sempre me dá algo novo, de alguma forma. E cada dia eu aprendo mais. Seja a forma de escrever, técnicas, inspirações e formas de estimular a criatividade ou entrevistas, textos nas madrugadas e deadlines extremamente curtos. Por incrível que pareça, finalizo melhor as coisas com uma cobrança. O deadline me pressiona de uma boa forma, na maioria das vezes. Me faz buscar. Me faz correr. Me dá a possibilidade de perceber que eu posso me virar sozinha, mas que, em determinados momentos, necessito de ajuda. Sempre penso que não vou conseguir e acabo conseguindo finalizar. Essa é uma das melhores sensações que existem. O de dever cumprido. O de saber que é possível. O renascer colaborou com isso.

É bom morrer para aquela parte de mim que insistia em se diminuir, que insistia em permanecer na mesmice, com vergonha. Aquela que não tentava. Não gosto mais disso em mim. Estou tentando enterrá-la de uma vez por todas. A saída que encontrei foi sempre pensar em algo que me dê coragem. Funcionou até o momento. Não preciso explicar exatamente o que é esse fator, pois cada um deve arrumar o seu. Tenho certeza de que morrer para algumas coisas e renascer para outras é essencial. Me trouxe boas experiências. 

É hora de renascer!