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08/07/2013

O mundo aos olhos de Clarissa- Na verdade, o passado nunca passa


Clarissa sente saudades dela mesma. Complicado isso, hein? Parece que a rotina a consumiu. Ela está tentando tirar férias de tudo. Se afastou de pessoas, de lugares, de ações, mas nada parece certo, nada parece em seu lugar, Alguns pensamentos ainda a rondam. Clarissa sente-se cansada. Não é apenas algo físico, é cansaço mental. Ela pode passar doze horas dormindo direto (como aconteceu nesta última noite) e ainda assim acordar cansada, com a sensação de estar toda quebrada e nostálgica. Nem sabe ao certo do que sente saudades. Talvez seja a saudade de qualquer momento que não seja o presente, pois o presente parece muito mais chato para ela, e é mesmo.

Por mais que ela diga que o passado é passado, ela sabe muito bem que ele nunca passa. Não na forma literal de sua palavra, mas em seus pensamentos. Ela sempre vai imaginar se tivesse cometido tal ato ou se não tivesse...o que aconteceria? Onde ela estaria? Em que estágio de sua vida? E mais importante: com quem?

A cabeça de Clarissa está confusa. Correção: a cabeça de Clarissa é confusa. Mais uma vez ela acordou doente, mas a maior das dores não era externa. Ela vinha de dentro. Vinha de suas mágoas, vinha de sua falta de coragem, da sua incapacidade de dizer não e da sua falta de amigos verdadeiros.

Clarissa gostaria mesmo é de dar um tempo de si mesma. Ah, como isso seria bom! Queria poder viver sem pensar nas consequências que irá arcar. Ela vem querendo que os dias não se passem, ou que pelo menos passem bem lentamente. 

Dia desses algo lhe alegrou tanto desde que... bem, ela nem lembra. Sua autoestima subiu, ela se sentiu bonita. Clarissa, porém, não conseguiu seguir em frente. Ela rejeitou o que tivesse que rejeitar e não deu chances para essa nova oportunidade. Algo ainda atormenta seus sonhos e ela não sabe dizer quando isso irá finalizar. No mesmo instante se arrependeu de rejeitar o que a vida lhe deu, mas já era tarde demais para voltar atrás. 

Agora Clarissa estabeleceu metas. Colocou tudo em um papelzinho, desde as mais simples até as mais complicadas, e o escondeu. Pretende cumpri-las. Pretende se esforçar para alcançá-las. A primeira de suas metas é "sair dessa lama", e isso tem a ver com tudo em sua vida. Sair dessa lama! Ela precisa disso.

08/06/2013

O mundo aos olhos de Clarissa- Deterioração

 
Estou assim há mais de duas semanas. Não há uma única palavra que eu possa encontrar para explicar. É uma sensação de moleza, de cansaço e dor. Sinto vontade de chorar o tempo todo, como se estivesse muito perto de algo que almejo alcançar e simplesmente não consigo. Já não enxergo as coisas tão bem. Meus olhos estão cansados para esse mundo. Não consigo respirar direito. O ar me foge. Me sinto sufocada, como se alguém estivesse segurando a minha garganta por longos segundos. A sensação é agoniante. Logo depois, o ar entra pelos meus pulmões e tudo vira um ciclo sem fim. Todos os dias acordo com a garganta seca e aquele único desejo de permanecer na cama.
 
Não sei o que é isso, não sei o significado. Ninguém sabe a explicação também. Vi os fantasmas do passado esta semana. Eles me fizeram gritar, chorar, xingar. Todos estão cobrando algo de mim. Alguma atitude, palavra ou ação. Não sei e não tenho como agradar a todos. Na verdade, nem preciso disso.

18/05/2013

Eu fui


Me critiquei por todas as formas que pensei em começar esse texto. Preferi honestamente. As palavras parecem fugir de mim agora. Totalmente contraditório, hein? Não sei o que falar. Não, não fui correta por inteiro. Saí do meu sério. Me descontrolei. Sei que nós erramos. Plural. Eu assumo. 

Ainda não me sinto completa. Não me sinto preparada para uma conversa, um diálogo. Não há diálogo entre nós. Já tentei isto antes. Deu errado. Já tentei até escrever cartas, que foram respondidas, porém não cumpridas. Não me julgue. A melhor forma que tenho para lidar com as coisas é escrevendo. As palavras no papel (ou no computador) fluem mais levemente. O que posso fazer? Eu tentei minha parte e isso continua me magoando a cada segundo. 

Guardo aquela sua carta de resposta. Aquilo me animou por alguns dias. Me deu esperança de que a situação iria mudar. De que teríamos um relacionamento maior e melhor do que este. Ledo engano. Não me martirizo pela tentativa. Pelo menos eu fiz algo. Três dias já se passaram, mas minha decepção não. Não sei se esse sentimento irá embora. Eu fui.

12/05/2013

Desencanar para ganhar



Eu resolvi não ser assim. Resolvi correr atrás de mim! Está decidido. Não adianta mais, eu cansei daquela vida mais ou menos. Apenas questionava, porém nunca tive uma atitude para mudá-la. Agora cá estou eu! 
Todo mundo tem suas crises, seus momentos depressivos e vontade de jogar tudo para o alto. Mas isso passa. Tudo passa! Uma hora a gente tem que desencanar. Esta é a palavra do momento! Desencanar para ganhar. Há mais de cinco meses algo não sai de minha cabeça. O "E se...?". Não sei lidar bem com isso, mas estou tentando da minha forma. Estou aprendendo a deixar as coisas irem embora. Minha mãe (e o resto do mundo) sempre dizem que quem vive de passado é museu. 
Quero me sentir leve, sei que conseguirei.

02/05/2013

O mundo aos olhos de Clarissa- A falta de retorno


Clarissa esteve um tempo repensando suas falhas, seus acertos, seu tempo perdido. Foi uma boa análise de si mesma. Agora ela se vê cercada de atividades que devem ser feitas. Atividades estas que nem são suas, mas o dever passou para si. Porém posso afirmar que ela não reclama da prática, mas sim da falta de reconhecimento por cumpri-la. Seus dias se resumiram numa grande bola de estresse e tarefas realizadas por obrigação, na certeza de que não teria um retorno positivo. 

Não sei se você a compreende. Talvez sim, talvez não. Mas vamos examinar o caso juntos: o planeta já funciona numa espécie de fardo para todos, nos levando a realizar coisas que nem queremos, já é cansativo e chato, agora junte o dever de praticar essas 'coisas' e ter que tomar a atitude (pelo menos por alguns dias) de alguém mais velho?! Complicado, hein? Complicado pra entender. Complicado pra fazer. 

Alguns já questionaram: "Por que continua então?", eu posso responder: por amor. Nem tudo se resume ao mundo de Clarissa.

26/03/2013

O mundo aos olhos de Clarissa- É bom ser livre!



Esses dias tem se tornado um verdadeiro aprendizado. Principalmente pelo fato do não-príncipe de Clarissa ter sumido. Até eu fico na expectativa e até eu consigo tirar bons ensinamentos disto. Este rapaz não deveria ter o direito de sumir assim quando bem entendesse. E se não fosse por uma boa 'busca' e apuração, nem teria certeza se ele está vivo ou não.

Tomando uma temática parecida, eu, Aline, já abandonei e já fui abandonada. Esta é mais uma das experiências que Clarissa pode emoldurar e pendurar em seu quarto para que futuramente se lembre de não repetir (ou evitar) que isso se repita. Ela sabe que havia um método de isso não acontecer. Havia uma saída para continuar o tendo em sua vida. Mas não vamos nos abster muito nesse ponto. Sei que Clarissa não merece.
De uma coisa tenho certeza: Clarissa precisa parar de achar que as pessoas são bengalas. Pessoas ferem, machucam de verdade. Vão embora, mentem, arrumam outros que podem preencher seu lugar. 

Um dia eu estava entre amigos, estudando numa biblioteca e me deparei com um conhecido e o chamamos para perto. Conversamos um pouco e seu telefone tocou. Era sua namorada. Sabendo que estávamos todos juntos, ela o mandou voltar para casa imediatamente. E foi o que ele fez. Essa garota se apoiou tanto, mas tanto nesse garoto que o caso virou um tipo de obsessão. Tudo que ela fazia, ele deveria estar junto. Para onde um ia, o outro tinha que estar do lado. Qualquer coisinha, qualquer conversinha com outra pessoa virava uma crise de ciúmes incontrolável. Chegou um momento em que a bomba explodiu. Esse garoto não aguentou mais. Deu um basta. Ninguém consegue ser sufocado dessa forma. Ninguém consegue ser tratado como uma bengala o tempo todo. Como uma propriedade. O que falta é um pouco de dosagem nas pessoas. Se basear e se dedicar a apenas uma pessoa estraga o próprio relacionamento e até os outros, que não tem nada a ver.  

Para complementar bem o assunto, também quero citar uma outra história. Esta bem mais marcante, pelo menos para mim. Criei amizade com um rapaz e sabíamos que era verdadeira. Essa amizade foi crescendo, tomando grandes proporções e fugindo de meu controle. Até certo ponto em que me vi dependente dele para qualquer coisa. Em qualquer momento eu precisava escutá-lo para saber se o ato que eu, talvez, fosse cometer seria errado ou não. Eu precisava de um conselho para cada passo que daria. Necessitava que ele me ajudasse, realmente, nos mínimos detalhes. Chegou uma época que falei que ele era minha bengala. Pus expectativas, amor demais, carinho em excesso e, obviamente, fiquei com um certo tipo de obsessão (e até possessão). 

A história não acaba bem. Comprovadamente ninguém aguenta este tipo de atenção. Outras pessoas pareciam estar ocupando meu espaço, que eu achava que deveria ser 101%. As coisas correram rapidamente e quando me deparei: já nem nos falávamos mais. 

Por isso Clarissa, me escute mais uma vez: não coloque sentimento demais em ninguém. Não ache que essa pessoa é a base de sua vida. Lembre-se: ele não é!

14/03/2013

Clarissa, sente aqui, precisamos conversar


A ordem foi dada. Tudo na vida dessa menina está sendo 'leve' demais. Ela está tendo a oportunidade para se mostrar boa, mas não o faz. O que está havendo? Me questiono a cada segundo sobre suas atitudes. Hoje foi um dia de vai ou fica. Tome uma decisão e que seja definitiva. Nada de mudanças temporárias, elas precisam ser permanentes. Ainda há aquela dúvida, aquele questionamento que a faz agir assim. Não há desculpas para isso. 

Clarissa esteve de frente com a verdade jogada em sua cara. É um pouco difícil, apesar de ter sido a forma mais educada que alguém já a tenha dito algo. Parece que ela esteve dormindo durante esses últimos meses. É uma boa forma de se olhar as coisas. As cartas foram jogadas na mesa. A decisão precisa ser tomada e logo. Há um prazo para isto.

Se 'sim' sua postura será diferente. De certa forma irá abandonar algo, uma parte de si. Se 'não' correrá todos os ricos existentes. Teoricamente voltará à estaca zero. Não demore para se decidir Clarissa, o tempo já está passando!

13/03/2013

O mundo aos olhos de Clarissa- Se triplicando




Acho que finalmente Clarissa alcançou seu desejo de ter aquele relacionamento 'estável', pelo menos por enquanto. Ela se mostra mais compreensiva, carinhosa, engraçada. Apenas se mostra. Isso já de grande agrado. Se esconder era seu forte. Quem diria que chegaria a este ponto? Nem eu, Aline, que sou sua fiel escudeira e companheira de segredos! Nunca imaginei tamanha evolução na vida de Clarissa.

Não há uma explicação completa para isto. Já aceitamos este fato. Clarissa ganha mais responsabilidades a cada dia, querendo ou não. Há pouco tempo para descanso, é verdade, mas há tanto para aprender e saber que isso fica até escanteado. Não há recompensas para quem fica de pernas pro ar. Elas só aparecem com esforço, quando alguém se desdobra. Clarissa está se triplicando este ano.

04/03/2013

O mundos aos olhos de Clarissa- Complicado não, se amostra


Tive que fazer esta brincadeira (salve salve amigos da faculdade e suas piadinhas!) no tema desse texto para ver se Clarissa resolve sair do conto de fadas. Ela se abalou, confessemos. Esse retornou mexeu com suas estruturas. Mas ele é o tipo que desperta isso nela. Há algo nele que a atrai. Quem vê estranha.

Uma vez, em meio à minhas descobertas musicais, encontrei uma música no qual um trecho me chamou atenção: 'você é tudo que eu quero, porque você é tudo o que não sou.' Isso me lembrou Clarissa. Combina bastante com ela. 

Sua decisão, que era tão definitiva, agora se dissolve de pouquinho em pouquinho a cada dia. Parece até estar regredindo. Ela trata isso como "caso seríssimo". Eu também chamaria assim se estivesse em seu lugar. Nada mais é certo, definitivo e firme como Clarissa pensava.

Eu li a última carta. Aquela que nem foi finalizada. Seria um ótimo fechamento para esse assunto, pode crer. Mas Clarissa não está preparada o suficiente para colocar um ponto final em nada. Essa última conversa soou melhor, mais engraçada, sincera e simples. Na verdade, as últimas tem fluído mais facilmente. Um pouco de vergonha aqui ou acolá, mas logo se desenrola aos trancos e barrancos.

Algo a incomodava nisso tudo. Hoje ela conseguiu estancar, pelo menos temporariamente. Os pequenos detalhes te encantam, Clarissa. Observas tudo com dedicação. Um pequeno sorriso já faz diferença. As coisas mais discretas são as que mais te prendem. O sabor do mistério e a expectativa do 'será?' são melhores. Se está confuso para você (leitor) entender, imagine a cabeça de nossa Clarissa? Sabedoria, é só isso que te desejo.

27/02/2013

A mesma pauta


Talvez fique ‘muito na cara’ o que direi, mas estou nervosa. Muito nervosa. Voltastes sem aviso prévio. Logo agora que tudo estava tão bem definido e firme. Julguei de imediato que isso era coisa do inimigo. Vade retro! É tentação?! Pois eu não caio. Meu coração pulou do peito, o nervosismo me tomou conta. Não conseguia processar direito o que estava acontecendo. Só pensava ‘Ele voltou! Ele está aqui.’ Queria fugir, queria achar uma alternativa para aquilo, mas não consegui. Ficamos lado a lado. Não pronunciastes uma única palavra comigo e nem eu contigo. Assim ficamos durante quase meia hora, mas o tempo parecia durar uma eternidade. 

Não queria esta situação. Senti que estava pagando todos os meus pecados. Meio difícil de entender, né? Pareço estar feliz com teu retorno, e ao mesmo tempo sentindo medo, angústia e até raiva. Vi tua expressão. Parecias bem normal, a não ser por um único momento que senti algo diferente. Não sei se era raiva por não nos falarmos ou se era pura amostração.Fiquei (e continuo) em dúvida, mas acho melhor nem saber... algumas coisas são melhores quando não ditas. Até porque, as duas opções não me seriam bem aceitas. 

Tudo que nós dois vivemos é na base do impulso. Só eu tomo as atitudes sensatas e pareço (na verdade, sou) careta demais. Já disse que não sei pular em um ‘buraco’ que não conheço a profundidade. Tenho medo disto. Sei que já podes estar ‘em outra’, como dizem por aí. Que seja! Melhor assim, melhor pra mim (pelo menos teoricamente). 
Ainda não tenho certeza se isto foi um retorno definitivo ou se foi apenas algo passageiro, só sei que teu tema já está batido em meu jornal.

(Diário de Clarissa)

O mundo aos olhos de Clarissa- Enfermidade


Clarissa habituou-se com essa situação de estar sozinha e achar que tudo que vem ocorrendo é para que pague todos os seus pecados. Agora as coisas vão dar uma modificada. Ela não está completamente curada fisicamente. Sem falar em seu coraçãozinho, mas isso já é outra pauta. Deixa pro futuro.

Ela está tentando ser o mais sincera possível. Ainda não conseguiu fechar suas feridas. Ainda não deixou de pensar em quem não deveria. Já faz semanas, meses! Particularmente acho que há um problema nisso. Opa, acho que isso é o problema.

Acaba com isso Clarissa! Põe um ponto final. Cada passo dele agora te afeta. Isto não parece e não está correto. Fico aqui pensando: se você não cuida nem de suas feridas físicas, como irá fazer com aquelas 'da alma'?!

O doutor recomendou gelo, vários remédios e repouso. A mesma coisa serve para essa sua outra situação. Ache algo que esfrie esse sentimento todo. Procure por remédios que te façam esquecer. Se resguarde, descanse esta mente e esse corpo cansado. Se dê algumas horas longe de tudo e todos. Longe da televisão, do computador, do celular, de shoppings. Se avalie como você fazia antes. Desses grandes passos recentemente, mas eles ainda não foram suficientes. Sabes disso, não é? Já passastes por isso antes, não és tão bobinha assim. 

15/02/2013

O mundo aos olhos de Clarissa- Um sacrifício aqui, para um presente ali


Ah, Clarissa... para com isso! Não fica olhando pro passado. Eu bem te avisei que isto não dá certo. Clarissa se encolhe um pouco mais em sua cama e depois de muita relutância explica: ‘Eu sei, eu sei. É inevitável pensar nisso. Como posso esquecer aquelas pessoas que ficaram para trás?!’
Simplesmente não esqueça. As guarde naquele seu bauzinho cheio de fotos, cartas, pedrinhas e conchinhas. Aquele é um bom lugar para deixá-las. Não há motivos suficientes para você voltar, concorda? Não é possível passar uma borracha em tudo que aconteceu (ou que não aconteceu), mas há como lembrar apenas das partes boas. Das partes em que você estava alegre, com um sorriso sincero. 

Clarissa se apruma na cama e olha para o baú. ‘Estais correta. Não estou disposta a enfrentar aquela mesma guerra de antigamente. Aquela mesma rotina de me ajoelhar e clamar para não me sentir sozinha. Hoje em dia eu não preciso disto.’

Finalmente percebestes o que eu quis dizer. Sei que há pessoas muito amadas que ficaram lá naquela época, porém também tenho certeza que não és a mesma. Não agüentarias mais um dia naquela situação. Não terias sangue de barata o suficiente para se juntar àquela velha realidade, mesmo que seu amor seja grande. 

‘Sinto-me egoísta.' Não és egoísta Clarissa! Te aquieta! Só estais te protegendo de coisas que realmente não valem a pena. Sei que andas confusa (não é novidade), mas não se deixe levar pelo impulso. Dizem tanto que é melhor ter um pássaro na mão do que dois voando, e é verdade. Fica com o teu presente. Deixa o teu passado para trás. Ele não precisa ser desenterrado o tempo inteiro. 

‘Então devo simplesmente viver o presente, é isto?’ Sim, é isto. Um sacrifício aqui, para um presente ali. A vida é assim. Será que ainda não aprendestes?

Mudança agradável



“...” Estou um pouco diferente, confesso, mas é um diferente que me agrada. Algo realmente bom parece estar acontecendo. Estou conseguindo ser mais simpática, mais legal, mais ‘pé no chão’ e ao mesmo tempo sonhadora. Me soltei mais, no bom sentido. Já consigo me permitir para certas coisas. Tornei-me mais comunicativa. Estranho falar isso, pois eu, Clarissa, sei que isto já deveria ser assim há muito tempo. Sinto que posso mais, que estou mais segura. Conheço minha capacidade. Me garanto quando faço o que gosto e me esforço.

Antigamente vivi um estresse e uma agonia infindável, porém hoje percebo que ninguém tinha (nem tem) nada a ver com isso. Meus problemas são apenas meus, estou tentando aprender a lidar com eles de forma que eu consiga tratar os outros do melhor jeito possível.

Dia desses me disseram “Nossa, como você está mudada, Clarissa!”. Abri um enorme sorriso. Tive até um pouco de orgulho de mim, mas um orgulho bom, sadio. Deixei aquela sensação de estar meio cheia e meio vazia de lado. Não é algo que combine comigo. Analisei a situação e concluí que estou perdendo minhas folhas para surgirem novas e melhores.

Diário de Clarissa

14/02/2013

O mundo aos olhos de Clarissa- A confirmação



Esse fim de semana estive fora. Me desliguei um pouco das minhas coisas, dos meus 
hábitos. Vivi um outro mundo, literalmente. Foi como se eu apenas assistisse um longo filme, no qual estivesse invisível e pudesse presenciar tudo e criticar ao mesmo tempo. 

Percebi que meus princípios, aqueles que me fizeram me afastar de ti, estão ainda mais concretos. Tomei a decisão correta em não te procurar. Nunca estive tão segura de algo como agora. Foi como se eu tivesse vivido o nosso futuro, e não gostei dele. Me deu medo. Bateu uma tristeza.

A minha indecisão até que me traz coisas boas. Me proporciona mais tempo para pensar e eu acabo raciocinando mil vezes antes de algo. Gosto de ser assim. Gosto dessa indecisão. Gosto de pensar mil vezes, pois se é pra fazer... faço de vez. Mas se não for... ficarei de mente tranquila e segura. É isto, fiz o certo (para mim), tenho certeza.

Diário de Clarissa

07/02/2013

ME aconselhei



Isto é um diário, e acho que preciso ser o mais sincera possível, portanto... confesso que senti medo de ir em tua procura e depois me arrepender. Colocar mais expectativas em um barco que já nasceu furado, entende? Por isto, noite passada eu fui em busca de conselhos. Mas percebi que ninguém mais deve meter o dedo nessa história, a não ser nós dois. Só nós podemos mudar algo, tomar uma decisão. 

Fiz uma espécie de meditação sozinha. Analisei os prós, os contras e por fim pensei: Será que estou disposta a conviver com todos os teus defeitos? Todos os teus costumes? Até aqueles que eu mais odeio e não pratico? Aqueles que abomino?! Percebi que não. A única resposta foi não. 

Isto não é covardia, na verdade, acho que este foi um dos momentos mais sinceros que tive comigo mesma. Não sei se isso tudo é fogo de palha ou algo bem maior, só sei que relações não podem ser iniciadas com o pensamento de que o outro indivíduo mudará, pois não muda. Particularmente acho que este é um dos maiores erros em relacionamentos.

Posso estar sendo egoísta neste momento, mas prefiro me colocar em primeiro lugar quando se trata de 'assuntos do coração'. O órgão maldito já foi machucado o suficiente, não quero despedaçá-lo ainda mais. Estou, finalmente, tentando colocar os pés no chão, fixá-los na realidade, pensar em outras coisas. Não estou dizendo que essa é minha opinião final, é a do momento. Me deixo no direito de mudá-la quando perceber que vale a pena me arriscar.

Diário de Clarissa

05/02/2013

Prevenida até demais


Estou tentando, talvez inutilmente, me acostumar com tua ausência. Ausência esta, que aperta meu peito. Todos vem com mil conselhos para dar, mas nenhum deles está no nosso lugar. Nenhum deles está nesta situação. Desde o início eu sabia que esta era uma espécie de relação que requeria (e requer) o maior cuidado. Deve ser manuseada com bastante precaução se não quebra ou racha facilmente, e este é o perigo. 

Parece ter passado um vendaval por aqui. É isto que a tua distância ocasiona. Está tudo abalado, todas as estruturas. Sinto que perdi algo. Que perdi uma oportunidade. Mas o meu medo e a minha imaturidade para lidar com este tipo de relação me fez manter o pé atrás, me fez calar quando eu deveria falar, me fez dizer não, quando, de fato, gostaria de dizer sim. Na verdade, acho que imaturidade não é bem a palavra correta. Prevenção se encaixaria melhor. Me preveni de me envolver ainda mais em algo que aposto que não vai para frente. 

"Se joga!" é algo que dizem com tanta simplicidade, com tanta naturalidade, que parece fácil. Porém não é nem um pouco. É difícil pular com os olhos fechados para um 'buraco' em que não se sabe a profundidade. A gente tem medo. Tem medo de se quebrar, de se partir. Mas é justamente assim que me sinto agora. 
No momento eu não consigo abdicar desta estabilidade (em certo sentido) que possuo.

Diário de Clarissa

Órgão maldito


Ei, meu bem, volta. Volta que eu te espero de braços abertos e uma xícara de saudades e angústia. Não sei se posso (ou devo) dizer isto, mas levastes contigo uma parte de mim. Preciso do teu retorno. Ás vezes até sonho com isso, chega a ser um pouco doentia esta necessidade que possuo. 

Comigo tudo é difícil. Uma simples conversa para ti, é um dos diálogos mais complexos de minha vida. Não sei explicar ao certo, só sei que é complicado. Nós somos complicados. Talvez esta seja uma das características que mais me atraia a ti. Somos também devagar, no passo de tartaruga, o que me agonia bastante. Ás vezes eu penso que deveria, justamente, escolher alguém que fosse o oposto de mim. Que fosse direto, rápido, na lata. Mas eu bem sei que não se manda no coração. Ôh órgão maldito!

Me dizem para eu me permitir mais. Estive tanto tempo me privando das coisas, que acabei fazendo isso até com quem (ou o que) não queria. Eu não me permiti para ti. É mania, é receio. Ultimamente tenho utilizado bastante esta palavra... receio. Parece até que colou em mim.

Ontem descobri mais uma coisa de ti. Não sei ainda se é bom ou ruim, só sei que toda vez que passar por aquilo... lembrarei de tua fisionomia, teus gestos, palavras, tuas manias, teu jeito de falar, tudo.

Algumas pessoas tem me incentivado muito a ir 'atrás' de ti. Provavelmente o mais correto seria dizer: te dar um retorno. O retorno foi dado, mas da minha forma. Compliquei novamente.

Tudo está bem diferente devido tua ausência, confesso. Ás vezes tento implantar em mim a ideia de que assim é melhor. Menos sofrimento no futuro, ou nenhum. Mas o órgão maldito não se conforma. Ele cria esperanças próprias. Nem parece mais que me pertence, ele toma os passos dele (ou as batidas). 
Dia desses me perguntaram o que vi em ti. A resposta foi fácil: a gente combina.

Diário de Clarissa

04/02/2013

O mundo aos olhos de Clarissa- O retorno e a consequente perda de brilho


Sinto-me vazia hoje. Perdi muitas coisas e nem mesmo o retorno para tudo que tanto gosto... não foi o suficiente para me animar. O passado definitivamente está me assombrando e me pregando peças. Logo eu, que olhava o mundo diferente, começo a olhar para ele sem graça e sem ânimo. As coisas perderam o brilho, só pode ser isso. Está faltando algo. Está faltando alguma peça no meu quebra-cabeças. E essa peça parece estar bem longe de alcançá-la (literalmente).
Ah Clarissa, essa sensação é normal. Clarissa para (até de respirar por alguns segundos), olha pros lados e diz baixinho: 'Mas na minha vida nada é normal, na verdade, eu tenho até receio disso.'
Ela confessa essas palavras quase que sussurrando.

01/02/2013

O mundo aos olhos de Clarissa- Tudo pelo meu ângulo



O nervosismo se abateu sobre Clarissa mais um dia. O que há com você?

Apenas não quero retornar para aquela rotina chata de aulas, trabalhos e provas. Pra que provas? Pra me testar? Sou testada todos os dias, por todos que conheço e até por mim mesma. Não estou preparada. Não me sinto preparada. Tem remédio pra isso?

Se eu pudesse, te daria uma dose de confiança, mas isso só você pode conseguir. Tente fazer do lixo uma arte.

E só por eu conseguir é que me dá mais medo ainda. Não sei do que mais tenho receio no momento... se é de não conseguir me dar bem ou se é das pessoas que encontrarei (ou não).

Agora entramos em território delicado...

Sim entramos. Minhas expectativas estão me dominando novamente, e isso é péssimo. Odeio expectativas, odeio. Elas me imputam uma esperança que eu nem deveria ter. E a decepção é sempre maior depois de tudo.

É Clarissa, mas você está no mundo real. O que queria?

Gostaria de permanecer nesse meu mundo. bem melhor. Bem mais divertido e sincero. Ou posso viver em outra fantasia qualquer.

Você já está começando a me confundir. O que você quer afinal?

Eu gostaria mesmo é que todos olhassem o mundo aos olhos de Clarissa, aos meus olhos.

03/01/2013

O mundo aos olhos de Clarissa- Barco furado


Ei, espera! - disse Clarissa com um olhar triste.
Ah, Clarissa... não sei bem o que dizer! Quem mandou se apaixonar? Vou refazer a pergunta: Quem mandou se apaixonar por ele? Ah minha amiga, isso é barco furado. Falo isso pro seu bem, acredite. Eu sei que finalmente na sua vida apareceu algo que fosse recíproco, algo que você acreditou que poderia acontecer. Acabastes te prendendo (ou agarrando) em uma alternativa meio crítica. Esquecestes dos teus princípios?
Não!- Clarissa grita angustiada.- Na verdade eu desisti justamente por causa disto, quem dera ele entendesse. 
De que adianta ele entender? Qual seu plano? Mudá-lo? Na verdade, você não se apaixonou por ele, se apaixonou pela ideia do que ele poderia ser.