03/07/2013

O meio termo


Tanto se fala em maturidade que as pessoas esquecem o quanto é bom ser criança, ingênua, alheia à problemas. Daria tudo para que essa época voltasse. Hoje eu me vejo no dilema que vários outros jovens também passam na minha idade: já não sou mais adolescente, nem sou adulta. Tenho diversas responsabilidades, porém me são dadas várias proibições como se ainda fosse muito nova. Estou naquele meio, meio chato, meio sem sal, meio que não me permite nada. 

Ah, que nostalgia! Daria tudo para que a época da infância voltasse pra mim. Ás vezes quando olho friamente pra vida, penso que nos preparamos para a morte. Não se assuste, deixe-me explicar. A gente nasce, aprende a falar, aprende a escrever, estuda que nem bicho, vai pra faculdade, estuda que nem um bicho ao quadrado, arruma estágio, curso de inglês, curso daquilo, curso daquilo outro, aprende a cozinhar, arruma um trabalho, paga contas, arruma uma família, fica velho, se aposenta e, depois de mais alguns anos, morre. Se isso não for uma preparação para a morte... eu espero que algum dia alguém me explique com atos, e não palavras. Pois só as palavras já não me bastam mais.

Tenho vontade de andar descalça, poder correr pelada pela casa, ficar com o cabelo todo bagunçado, gritar na rua, fazer manha, ter o colo de minha mãe, brincar no balanço, correr com os patos no parque. Quanto mais simples, mais eu quero.

0 comentários:

Postar um comentário